sábado, 7 de fevereiro de 2009

O dono do panda de pelúcia.



Hoje eu tô feliz porque consegui fazer ele cortar o cabelo... O mullet tava saindo capacete afora (sim, a gente só anda de moto. De Harley, na verdade. heh.)...

=)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O panda de pelúcia.

Insônia. Não, não é nenhuma novidade passar a madrugada se revirando na cama e tentando fechar os olhos sem sucesso. Apesar do corpo cansado, tem uma mente irrequieta, que sempre cisma em despontar às altas horas da noite.
Bebeu água. Ligou o ventilador. Puxou mais uma coberta. Tirou a coberta recém puxada. Mudou de lado, passou a mão por baixo do travesseiro. Nada. Nenhum sono. Quase se arrependia de não ter saído pra beber, mas estava tão cansada algumas horas antes que lhe pareceu mais conveniente tirar a noite pra recompor as energias. Pfff. Boa piada, é o que soa agora.
Chegou o momento da auto análise, enfim. Por que não consegue dormir? O quê, depois de tanto tempo de noites relativamente tranqüilas, a faz perder o sono? Abriu os olhos, procurou o bichinho de pelúcia. É isso. E se for isso? Um arrepio lhe subiu pela espinha. Finalmente, depois de tanto tempo vagando pela superfície dos sentimentos, desconfia estar gostando de alguém. Gostando sim, com direito a saudade, a querer ouvir a voz dele, a esperar por um telefonema distante no dia seguinte, quem sabe?, a procurar o bichinho de pelúcia com seu perfume que ficou pra suprir um pouco sua ausência.
Acha que é por isso que não consegue dormir. Porque tem muito medo de ser feliz. E porque talvez já não tenha tanta escolha, e a felicidade já esteja se impondo coração adentro, sob a forma de um panda de pelúcia que a observa da cabeceira.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008


CARALHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO


ME FORMEI, PUTADA!!! ACABOUUU! BOCA DE OURO ARRASOU NO SOLAR DE BOTAFOGO, EM BREVE MIL FOTOS POR AQUI!!!


PORRAAAAAAAAAAAA!


TO MT MT MT FELIZ!!!

sábado, 8 de novembro de 2008

Sobre a culpa e o medo (ou: Olhos vermelhos e nariz inchado)

Culpa do que a gente faz, do que a gente não faz, do que a gente nem sabe mas fez.
De não medir as conseqüências, de agir por impulso, voltar toda a situação contra si mesmo quando na verdade não era bem assim.
Aquela que a gente sente sem querer, sem ter motivo pra sentir, "que fiz eu para merecer isso" bem nesse estilo Almodóvar, bem nessa pungência de sentimento agudo, arrebatador, aquele telefonema e aquela notícia que te deixa estupefato. Porque não era nada demais, era só uma discussão, como foi virar todo esse caos e essa culpa e essa mágoa, e a culpa mais um pouco, culpa que não deveria ser.
Porque tudo acaba sendo essa confusão, porque o universo conspira pra que, assim que o quebra cabeça começa a se reunir, tudo se desmonte e mais uma vez lágrima, silêncio, um olhar fugindo do outro e quando se encontra briga, mais brigas por nada, nem se sabe por onde começamos.
E dá vontade de fugir, de sair correndo, de se jogar do alto do shopping, de sei lá, de tentar voar só pra ver se o ar entra mais fácil e consegue fazer o caminho até inflar os pulmões, porque tudo é sufocante, não há oxigênio que baste pra tanta angústia e a respiração pára, entalada na garganta.
E sempre do pior jeito, sempre com quem mais se quer bem e mais se ama, sempre com quem você vê todo dia toda hora e dá bom dia e boa noite e enquanto não chega a hora de dormir uma tentando evitar a outra e por que? Por que não pode ser mais fácil? Por que é tão difícil se entender, viver bem, falar A e entender A ao invés d B, C e D, e por que mentira, por que exagero, por que as proporções exacerbadas, por que uma lente de aumento e de invencionice em cada evento fora do padrão? E dentro do padrão? E por que não tratar com mais naturalidade?
E o medo de tentar conversar, o medo de tentar resolver, o medo de tentar acertar os ponteiros e construir aquilo que as duas precisam para ser completas. O silêncio preenchendo o medo de cada uma de sentar, esclarecer as coisas. E se não for assim? E se não se entenderem menos ainda? Sempre dá pra piorar, eu penso, mas não vale o risco? Porque ruim por ruim, quem tem medo do péssimo?
Eu. E minha mãe.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tipo assim que eu ando, totalmente desorientada.

(créditos da foto: Lazuli, querida companheira de peça, freak com a câmera no camarim rs)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Carta da Dorothy.

"Não se desespere, não
Nem nunca deixe de sonhar
Nasça sempre com as manhãs
Deixa a luz do sol
Entrar no seu olhar."

Porque há mais, e é sempre mais, insuportavelmente mais. Há o desnecessário e o irrelevante, mas o todo é único, com todas suas partes complementares e interdependentes. E o bem nem sempre é o fácil, o imediato. Carpe noctem, querido. Aproveitemos a dor e vivamos o caos que antecede a revolução.

The long and winding road will lead you back to your door.

***
Mais Hamlet, menos Ofélia.
(aguardem Dorothy, minha nova personagem, no cinema)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O que faz sentido

“A minha surpresa é só feita de fatos
De sangue nos olhos e lama nos sapatos
Minha fortaleza
Minha fortaleza é de um silêncio infame
Bastando a si mesma, retendo o derrame
A minha represa”
Chico Buarque de Hollanda.


Isso me vem assim, de supetão, da mesma forma que esse texto começa. Não sei se o que eu quero é aquilo com que realmente me importo. Em que medida meu desejo faz sentido, em que medida meus ímpetos suprem necessidades relevantes? E, pior, que buracos devem ficar destampados, que ausência deve crescer, doer e, bem mais tarde, me transformar no que realmente preciso ser? Tanta coisa que eu quero e que, quando tenho, me faz mal... Tanto tapa-buraco que a gente arranja por covardia, por carência e por cegueira... Enfim...

Allegro, ma non troppo. Nunca. Esse hábito triste de se enganar, de fantasiar soluções miraculosas, de se agarrar a qualquer tábua como se fosse a de salvação. Projetar questões maiores em objetos ínfimos, irrelevantes, e permanecer nessa camada sem substância, meramente concreta, um holograma daquilo que é a causa maior. Daquilo que faz algum sentido, ou não faz sentido nenhum, mas de qualquer forma é a dimensão essencial.

A conclusão primária e precária: preciso me negar algumas coisas, diagnosticar aquilo que eu busco tanto e tanto buscando uma coisa completamente diversa. E que não deveria buscar. O que deve brotar, sozinho, em mim, e quem sabe depois partir para o mundo. Preciso me privar de soluções imediatistas, mesmo que me rasgue, chore, sofra e outras atitudes igualmente dramáticas, apoteóticas e infantis, bem ao estilo de quem sente mais exatamente por saber que precisa sentir, que todo esse mal faz sentido e, ele sim, é necessário e relevante.

(E a fragilidade disso. A gota d’água. Qualquer desatenção, faça não. E obrigada, Chico.)





Impressionante como esse blog, realmente, é um divã. Rs. E a falta de atualização foi devido ao Festival do Rio, surtei, gente.